No Maracanã, Fluminense bate o Bahia por 2 a 0
Nenê e Danielzinho foram os responsáveis pela vitória tricolor

Com belo desempenho de Muriel, o Fluminense venceu o Bahia por 2 a 0, em partida válida pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os gols da partida foram marcados por Nenê e Danielzinho. Com o resultado, o Tricolor se afasta da zona de rebaixamento e respira aliviado com 29 pontos. Já o time baiano segue com 38 na oitava posição.
Logo no primeiro minuto de jogo, Élber perdeu uma chance inacreditável no Maracanã. O jogador recebeu de João Pedro e, completamente sozinho, conseguiu mandar por cima do travessão. A resposta dos donos da casa veio aos 16 minutos, quando Yonny bateu de canhota, mas mandou na rede pelo lado de fora. Aos 18, porém, o árbitro Heber Roberto Lopes marcou pênalti para o Fluminense. Nenê cobrou com categoria e abriu o placar. Aos 31, o Bahia quase chegou ao empate com chute colocado de Gilberto. No fim do duelo, João Pedro carimbou o travessão, mas na sobra foi Danielzinho que ampliou para o Tricolor.
Na volta do intervalo, só deu Bahia nos primeiros minutos. Logo que a bola rolou, Arthur Caíke chegou bem, mas mandou para fora. Na sequência, Flávio fez boa jogada e bateu por cima da meta de Muriel. Aos 4, Lucca recebeu sozinho e bateu de primeira. A bola chegou a passar pelo goleiro, mas Gilberto salvou em cima da linha para evitar o primeiro gol dos visitantes. Aos 10, em contra-ataque rápido, Élber soltou uma pancada, mas Muriel fez bela defesa. No minuto seguinte, o arqueiro tricolor apareceu de novo para salvar chute de João Pedro e na sequência também pegou o de Gilberto. O time carioca só foi ter chance novamente aos 21, com Nino. Nos minutos finais, Arthur Caíke perdeu ótima oportunidade ao não conseguir empurrar para o gol vazio.
Campanha contra o preconceito
Tanto Marcão, técnico do Flu, como Roger Machado, técnico do Bahia, entraram em campo com camisas de uma campanha contra o racismo. A peça estampava a frase "chega de preconceito". Em coletiva após a partida, Roger falou sobre o assunto.
- A gente precisa falar sobre isso. Precisamos sair da fase da negação. Nós negamos. “Ah, não fala sobre isso”. Porque não existe racismo no Brasil em cima do mito da democracia racial. Negar e silenciar é confirmar o racismo. Minha posição como negro na elite do futebol, é para confirmar isso. O maior preconceito que eu senti não foi de injúria. Eu sinto que há racismo quando eu vou no restaurante e só tem eu de negro. Na faculdade que eu fiz, só tinha eu de negro. Isso é a prova para mim. Mas, mesmo assim, rapidamente, quando a gente fala isso, ainda tentam dizer: “Não há racismo, está vendo? Vocês está aqui”. Não, eu sou a prova de que há racismo porque eu estou aqui – disse.
Na próxima rodada, o Fluminense recebe o Athletico-PR, na quinta, no Maracanã. Já o Bahia vai até Porto Alegre para enfrentar o Grêmio um dia antes.