Malcom nega chance de deixar o Zenit

Em meio às polêmicas da última semana, Malcom, enfim, falou sobre o momento que está vivendo na Rússia. O atacante brasileiro concedeu entrevista ao site "Sport24" e comentou sobre os primeiros dias como jogador do Zenit. Ele negou a saída da equipe após insultos racistas por parte da torcida e disse que quer fazer história no clube. 

- Eu quero ficar no Zenit. Cumprir meu contrato, fazer história. O que eles falam no Brasil é uma mentira. Estou feliz no Zenit, esse é um momento importante para mim. Como disse, quero fazer história aqui - disse. 

Malcom, inclusive, foi além. Questionado sobre a possibilidade de naturalizar-se russo para defender a seleção do país, ele deixou a questão em aberto. 

- Não sei, tudo pode acontecer. Se o Brasil não me convocar e a Rússia demonstrar interesse, tudo pode acontecer - revelou. 

O brasileiro falou também sobre as conversas que teve com Vagner Love, ex-CSKA, antes de se mudar para São Petesburgo. Ele contou que o jogador do Corinthians deu alguns conselhos quando soube da transferência. 

- Ele me disse que, às vezes, as coisas não são fáceis. Mas acrescentou que eu tenho sorte porque a Rússia tem um bom futebol e torcedores acolhedores, quase como os brasileiros - encerrou. 

Entenda o caso:

Em sua partida de estreia no Zenit, contra o Krasnidar pelo Campeonato Russo, membros de uma torcida organizada estenderam uma faixa que dizia: "Obrigado à direção por se manter leal às nossas tradições", uma clara manifestação sarcástica devido a contratação do atleta, já que o clube tem o hábito de não contratar jogadores negros. Além do episódio, algumas torcidas também fizeram um abaixo assinado pedindo "deixe-nos ser o que somos". 

Logo depois, agência de notícias "RIA Novosti" levantou a possibilidade de o brasileiro pudesse ser negociado já na próxima janela de transferências por conta do ocorrido. "Talvez o Zenit venda Malcom em janeiro devido aos problemas de racismo", dizia um trecho da reportagem. 

 

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