Rapinoe é eleita craque da Copa do Mundo
Atacante da seleção dos EUA é referência para milhões de meninas que sonham em jogar futebol

Ela mandou muito bem ao comandar a seleção dos EUA em campo, terminou a Copa do Mundo como artilheira e ainda teve coragem de se posicionar contra o preconceito diante do futebol feminino. Por isso e por tudo que representa, a atacante Megan Rapinoe terminou a competição com a Bola de Ouro nas mãos ao ser eleita a craque do Mundial. Além disso, ela faturou também a Chuteira de Ouro, dada à artilheira da competição.
adidas Golden Ball:
— FIFA Women's World Cup (@FIFAWWC) 7 de julho de 2019
🥇 Megan RAPINOE - #USA
🥈 Lucy BRONZE - #ENG
🥉 Rose LAVELLE - #USA#FIFAWWC pic.twitter.com/ayJjnfGR1d
A escolha não foi surpresa para quem acompanhou o torneio. A jogadora marcou seis gols - um deles na final - em cinco jogos e teve atuações decisivas na busca pelo quatro título mundial da seleção americana. Feliz, após a partida, Rapinoe ficou sem palavras.
- Não sei se consigo descrever. Incrível. Todo o grupo que trabalhou para chegar até aqui merece. Nós estamos sempre muito motivadas para vencer – afirmou após a vitória por 2 a 0 em cima da Holanda, que acabou dando título às americanas.

Jean Catuffe/Getty Images
O ativismo e a liderança de Rapinoe
Apesar de ser a seleção mais vitoriosa do futebol feminino, as americanas também sofrem com desigualdade. Sob o comando da camisa 15, as atletas abriram um processo contra a federação pedindo direitos iguais entre homens e mulheres. No início da Copa, inclusive, Megan questionou o tratamento dado às meninas e apontou a diferença de salários e estrutura de viagens, por exemplo.
A luta contra a homofobia também é uma questão central na vida da jogadora. Ela fala abertamente sobre o fato de ser gay e, exatemente por isso, se tornou uma grande referência no combate ao preconceito dentro e fora de campo.
Além disso tudo, a atacante também ganhou os holofotes ao protagonizar uma discussão com Donald Trump, presidente de seu país. Após se recusar a cantar o hino nacional e revelar que não iria à Casa Branca, caso se tornasse campeã, Megan ouviu de Trump que, antes de decidir se ia ou não, precisaria conquistar o troféu. Com todo seu talento, a americana respondeu em campo e não só conquistou o título do Mundial, mas também se destacou em atuações individuais.
Aos 33 anos, Rapinoe tem outras duas Copas do Mundo no currículo. Ela atua na seleção principal desde 2006.