O último ato da carreira de Petr Cech
Goleiro se despede do futebol na final da Liga Europa entre Chelsea, seu ex-clube, e Arsenal

Quando a bola rolar em Baku, às 16h desta quarta-feira (29), o sentimento será especial para Petr Cech. A decisão da Liga Europa entre Chelsea e Arsenal marca o último jogo da carreira do goleiro tcheco, ídolo dos Blues que hoje defende a meta dos Gunners.
A trajetória de Cech no futebol pode ser considerada brilhante. O goleiro saiu da República Tcheca em 2002, quando trocou o Sparta Praga pelo Rennes, da França. Em 2004, Cech chegou ao Chelsea para dar início a uma era dourada.
Fez 494 jogos com a camisa do time de Stamford Bridge. Títulos? Muitos! Quatro vezes campeão da Premier League, uma conquista de Liga dos Campeões, outra de Liga Europa, quatro Copas da Inglaterra e algumas taças menores. Cech virou lenda no Chelsea.
Foi defendendo os Blues, inclusive, que passou pelo momento mais difícil de sua carreira. Em uma partida contra o Reading, em outubro de 2006, o goleiro se chocou com um jogador adversário e fraturou o crânio. Só voltou aos gramados no ano seguinte e, desde então, nunca mais atuou sem o capacete, que acabou sendo uma das marcas de sua trajetória no futebol.
Em 2015, após 11 anos no Chelsea, deixou o clube e se transferiu para um dos principais rivais da equipe azul: o Arsenal. Nada que abalasse a sua relação com a torcida do Chelsea, que o ama.

Cech em ação pelo Chelsea em 2005, antes da lesão no crânio (Getty Images)
Nos Gunners, Cech conquistou a Copa da Inglaterra em 2017. Quis o destino do futebol, em um roteiro digno de cinema, que a despedida de um dos principais goleiros deste século fosse em uma partida entre Arsenal e Chelsea, valendo um troféu europeu.
É impossível prever o que vai acontecer em Baku. O que todos sabem, no entanto, é que Petr Cech será sempre lembrado como um gigante. Ele também é um dos maiores nomes da história da seleção da República Tcheca, com 124 partidas.
Cech sai de cena aos 37 anos e provavelmente vai sentir falta do futebol. Mas o futebol vai sentir muito mais falta dele. Com certeza.