River x Boca: Os clubes mais tradicionais da Libertadores
"Superclásico" é marcado por polêmicas extracampo e confrontos emocionantes na principal competição de clubes das Américas

Boca Juniors x River Plate. O maior clássico da Argentina. Para muitos, o maior clássico das Américas. Para alguns, o maior clássico do mundo.
Mais um capítulo especial dessa rivalidade histórica começa a ser escrito nesta terça-feira (1). A primeira partida da semifinal da Libertadores será no Monumental de Nuñez, casa do River Plate. Depois, no dia 22, os gigantes se encontram na Bombonera.
🧐🔷🔶 En @BocaJrsOficial, y contando todas las competiciones, Emanuel Reynoso es el 2⃣ jugador del equipo con más rivales eludidos (91) y pases completos hacia campo contrario (902).
— CONMEBOL Libertadores (@Libertadores) September 30, 2019
🙌 También es el 4⃣ con más chances creadas (64) y quites (100).
⚽ Además hizo 1⃣ gol. pic.twitter.com/A0QBw4k1rT
E se o assunto é Libertadores, a história do "Superclásico" é repleta de momentos marcantes. Além da final do ano passado, que terminou com vitória do River Plate no Santiago Bernabéu, os clubes se enfrentaram em outros três confrontos de mata-mata.
🙌🇺🇾 La figura de Nicolás de la Cruz en la #Libertadores: marcó tres goles para @RiverPlate 🔴⚪.
— CONMEBOL Libertadores (@Libertadores) September 30, 2019
🤪 Es el que de más chances creadas (64), faltas recibidas (103), rivales eludidos (70) y duelos individuales ganados (280) entre todos los torneos disputados en 2019 🔥. pic.twitter.com/QxA5mwjSz7
Boca leva a melhor com show de Riquelme
O ano era 2000. O Boca Juniors não conquistava uma Libertadores desde 1978. O time xeneize contava com o artilheiro Martín Palermo e com um camisa 10 que despontava para o futebol mundial: Riquelme.
Do outro lado estava um River muito forte, com nomes como Aimar e Saviola.
No primeiro jogo das quartas de final, no Monumental, vitória do River Plate por 2 a 1. Mas o Boca sobrou na Bombonera. Com um show de bola, o time de Riquelme meteu 3 a 0 no maior rival e avançou para as semifinais.
O Boca faturou aquela Libertadores ao bater o Palmeiras, de Felipão, na grande decisão.
Nos pênaltis, Boca leva a melhor em 2004
Em 2004, o Boca Juniors era considerado o papão de títulos da América do Sul. Sob o comando de Carlos Bianchi, o clube xeneize havia conquistado as Libertadores de 2000, 2001 e 2003.
Na semifinal de 2004, o Boca teve pela frente o grande rival.
A primeira parte do confronto foi na Bombonera e a equipe de Bianchi levou a melhor com gol do zagueiro Schiavi: 1 a 0.
O jogo de volta teve os nervos à flor da pele. No Monumental de Nuñez, a equipe da casa fez 1 a 0 com Lucho González, hoje no Athletico-PR, mas o Boca empatou aos 44 do segundo tempo. Tévez marcou e provocou a torcida adversária na comemoração. Acabou expulso.
Quando tudo parecia perdido, o River fez o segundo aos 48, com Nasuti. Como não havia o critério do gol fora de casa como desempate, a decisão da vaga foi para os pênaltis.
E brilhou a estrela de Pato Abbondanzieri. O Boca foi para mais uma final, mas acabou superado, também nos pênaltis, pelo surpreendente Once Caldas, da Colômbia.
River se classifica em jogo que não terminou
O "Superclásico" voltou a ocorrer em uma Libertadores no ano de 2015.
Nas oitavas de final da competição, o Boca, melhor campanha da primeira fase, encontrou o River, que havia se classificado com muita dificuldade.
Na partida de ida, no Monumental de Nuñez, o River, já sob o comando de Marcelo Gallardo, ganhou por 1 a 0 com gol de pênalti do uruguaio Carlos Sánchez, atualmente no Santos.
O jogo de volta se tornou uma mancha para o futebol argentino. Após um primeiro tempo sem gols, os jogadores do River foram atingidos por spray de pimenta na volta do intervalo. A agressão partiu de torcedores do Boca.

Torcida do Boca provoca River durante confronto pela Libertadores de 2015 (Getty Images)
A partida foi paralisada e acabou encerrada ali mesmo. O River Plate avançou e o Boca ficou pelo caminho.
Depois daquilo, o time de Gallardo chegou até a final da Libertadores e bateu o Tigres, do México, para conquistar o caneco pela terceira vez.
A final mais conturbada da história
Quando Boca e River chegaram à decisão da Libertadores de 2018, houve um consenso de que aquela seria a maior final da história do torneio.
E o primeiro jogo, na Bombonera, foi animador. Um 2 a 2 movimentado, com belo futebol e muita emoção.
Mas tudo ruiu na hora da segunda partida. O ônibus do Boca foi apedrejado por torcedores do River na chegada ao Monumental de Nuñez. Alguns atletas ficaram feridos e a partida foi adiada.
Começou um imbróglio judicial e a finalíssima acabou marcada para o Santiago Bernabéu, estádio do Real Madrid.

Jogadores do River comemoram conquista da Libertadores 2018 (Getty Images)
Foi a primeira vez na história que a Libertadores foi decidida fora do continente sul-americano.
E depois de tudo o que aconteceu fora de campo, o River Plate superou o Boca Juniors por 3 a 1, conquistando pela quarta vez o título mais importante da América do Sul.
🔙🏆 ¡La última vez! Lo mejor de la final entre #River y #Boca en Madrid como nunca se mostró.
— CONMEBOL Libertadores (@Libertadores) October 1, 2019
😍 Este martes, se miden por la ida de las semifinales de la #Libertadores. pic.twitter.com/9eeQPbftEt
A bola rola às 21h30 desta terça para o primeiro capítulo da semifinal de 2019. Dois gigantes, um objetivo: a Copa Libertadores!
Títulos de Libertadores
Boca Juniors: 7 (1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007)
River Plate: 4 (1986, 1996, 2015 e 2018)